Se somarmos outras
fontes de financiamentos, os investimentos públicos em sistemas de ônibus
chegam a R$ 12,5 bilhões até 2016, o que exigirá participação do setor privado
da ordem de R$ 8,4 bilhões: R$ 6,3 bilhões em veículos especiais para BRT e
para operação em corredores; e R$ 2,1 bilhões em sistemas inteligentes de
transporte (ITS), controlados por GPS. Esses montantes aplicados nos sistemas
de ônibus urbanos, que há mais de duas décadas não eram contemplados com verbas
federais, deveram representar um verdadeiro salto de qualidade para os
serviços, o que contribuirá, sem dúvida, para a solução da crise de mobilidade
urbana que afeta nossas cidades.
Devido à falta de
investimentos na infraestrutura de transportes coletivos e do aumento
vertiginoso da frota de automóveis, aliado à ascensão social da população
brasileira, levou os usuários dos transportes coletivos a optar cada vez mais
pelo transporte individual, gerando um círculo vicioso com o aumento de
congestionamentos e queda de qualidade no atendimento ao cidadão.
Está claro que a
solução para a crise de mobilidade urbana passa obrigatoriamente pela
requalificação dos transportes públicos. A oferta de transporte coletivo
qualificado permitirá alcançar mudanças significativas na matriz modal de
viagens. Vontade política e a definição de um orçamento para o setor são os
primeiros passos para resolver esses problemas, causados por décadas de descaso.
Medidas simples, como priorizar o transporte coletivo no sistema viário,
aliadas à desoneração dos custos do transporte público, são capazes de
contribuir para superar a crise de mobilidade urbana desestimulando assim o transporte individual.
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